sábado, 28 de julho de 2007

2) É nóis na fita!





Dois de Julho também é dia de lutar

contra a Universidade Nova!

[Daniel Caribé – Militante d@ Comuna]
[Luamorena Leoni - Militante do DAMED]

Estudantes de Medicina, da Universidade Federal da Bahia, saem às ruas no Dois de Julho, dia da Independência do estado, para protestar contra a Universidade Nova. De forma irreverente e com muita animação, chamaram a atenção da população com paródias de músicas e ataques à reitoria.




Dois de Julho é o dia em que o povo baiano relembra sua libertação do colonialismo. Após o tranqüilo 7 de Setembro em 1822, em diversas partes do país se desencadearam lutas que buscavam confirmar a emancipação do Brasil. Mas foi quase um ano depois, no dois de Julho de 1823, que o proletariado baiano (ou a camada da população que mais a frente formaria um) viria a derrotar definitivamente o antigo colonialismo nas batalhas que se estenderam pela região que forma hoje o Recôncavo Baiano e a periferia da cidade de Salvador.

E, ainda que as elites soteropolitanas tentem, a cada novo 2 de Julho, alienar o valor histórico desta data e impor-lhe um outro valor que não o da luta, o povo sempre volta às ruas para reafirmar que a sua libertação ainda não é finda, e mostrar aos que vivem da exploração do trabalho alheio que, assim como não há o fim da história, não houve o "fim do jogo".

"Ele, ele, é traidoooor! É traidoooor! É TRAIDOR!"



Este ano, derrotado o carlismo nas últimas eleições, tudo indicava que seria uma grande festa dos petistas. Porém, os fatos dos últimos dias, principalmente a persistência da greve dos professores do ensino público, mostraram que as práticas de autoritarismo e descaso continuam vivas naqueles que detêm o poder do Estado.

Em quase toda a primeira parte do trajeto, que vai da Lapinha ao Terreiro de Jesus (principal praça do Pelourinho), o governador Jacques Wagner foi recebido com vaias pela população. Foi a forma que os baianos descobriram para dizer que vencidas várias batalhas, dos portugueses ao carlismo, o governo do PT só representa o continuísmo.

O PT, que durante muito tempo desfilou o percurso achando-se a encarnação dos Heróis da Independência, teve, este ano, um "tratamento diferenciado" – prova de que para os trabalhadores, cada vez mais, Estado e luta não combinam. Enquanto os petistas e seus novos aliados eram vaiados pela população, a maior ala do desfile, vestida toda de preto, recebia os aplausos por onde passava: eram os professores do estado que há 55 dias resistem em greve, mesmo tendo os salários cortados pelo governo. A resposta à criminalização dos docentes estaduais, encampada pela imprensa carlista e pelo governo Wagner, foi dada nas ruas!

Estudantes de Medicina contra a Universidade Nova e a Universidade Livre!


Mas o 2 de Julho foi dia também de protestar contra a Universidade Nova. Estudantes de medicina, da Universidade Federal da Bahia, organizaram a sua própria ala e durante todo o trajeto desfilaram de forma irreverente e politizada, protestando contra o Universidade Nova e seus sub-projetos.

Um destes sub-projetos, a "Universidade Livre", representa, apesar do nome, a rendição física da universidade ao capital internacional – a nova política de extensão da Universidade Federal da Bahia, se redefinida a partir deste projeto, terá como público-alvo prioritário os "parceiros do hemisfério Norte". Trocando em miúdos, a idéia é oferecer cursos pagos durante os verões do Sul e do Norte para estudantes estrangeiros – para tal, a verba destinada à recuperação do prédio da Faculdade de Medicina (o de maior área de todo o Pelourinho!) seria direcionada para adaptar a estrutura física às necessidades da clientela internacional: criação de um café, restaurante, mirante, passarela, mini-shopping e, como não poderia deixar de ser, um “mini-albergue”.

Dentre os "parceiros do Hemisfério Sul" destacam-se o Instituto de Hospitalidade – instituição que busca organizar o acolhimento de Salvador aos turistas nacionais e internacionais – Bancos e empresas em geral. Vale frisar que os planos do Instituto de Hospitalidade para o prédio da FAMEB no Terreiro de Jesus não datam de agora, e que o seu conselho diretor tem uma composição muito sugestiva – a ODEBRECHT (empreiteira soteropolitana/reduto carlista), Gol Linhas Aéreas e, como não poderia deixar de ser, o prof. Naomar Monteiro de Almeida Filho, o Rei-Thor da UFBA. A alusão a ACM não é mera coincidência – não podemos esquecer a mágica da revitalização do pelourinho, realizada durante o governo dele, na década de 90: feita para os turistas. À população preta e pobre do pelourinho, despejada de suas próprias casas, restou o apartheid e o "jeitinho brasileiro", coisa de quem nasce e a primeira coisa que aprende é a resistir – Ò PAÍ, Ó!


"Êta! Êta, Êta, Êta! Essa UniNova é coisa de Picareta!"



Além de serem contra a neo-colonização dos prédios da UFBA – reflexo físico da colonização do conhecimento produzido aqui, já em curso, e que tem no REUNI, a UniNova imposta por Lula, a sua expressão objetiva - os estudantes de medicina também colocaram em xeque os Bacharelados Interdisciplinares, a falácia do fim do vestibular. Demonstraram, com as suas paródias, consciência de quem ganha e quem perde com a esse projeto:

"No BI a turma é grande, mas a educação é pequena"

e reafirmaram que não querem nem a Universidade Nova, nem a velha, mas uma universidade ligada às demandas dos trabalhadores:





"Se ligue meu irmão,
Não aceitamos a imposição:
Qualquer mudança
tem que vir do povo,

Isso nós não largamos de mão!"



A Manifestação terminou no Terreiro de Jesus: os estudantes aproveitaram que a primeira parte do desfile terminava exatamente em frente ao prédio da FAMEB no Pelourinho e estenderam suas faixas para reafirmar publicamente que há resistência aos planos do Reitor Naomar, coisa que vêm fazendo desde o dia 20/06 (quando paralisaram as atividades acadêmicas e fizeram uma passeata dentro do campus do Canela cujo fim foi a Reitoria da UFBA).

1) É nóis na fita!

Nota do DCE-UESB:
2 de julho de LUTO e LUTAS
Dia da independência da Bahia é marcado por protestos contra os descasos do governo petista

Com a derrota do Carlismo e seus 16 anos de dominação e exploração do povo baiano, aqueles que ainda acreditavam na possibilidade de uma Bahia independente sob o novo governo de Jaques Wagner, viram-se golpeados em apenas 6 meses de mandato do representante petista no Estado. No último dia dois de julho, data que marca a expulsão dos colonizadores portugueses e que muitos comemoram através de um desfile civil e militar a independência da Bahia, partidos políticos, sindicatos, movimentos populares, movimentos dos professores, movimentos estudantis, como os estudantes de Medicina da UFBA, os DCE’s da UESB de Vitória da Conquista e UEFS, além do Coletivo CAUS da UNEB saíram nas ruas de Salvador em defesa da universidade pública, de qualidade e com compromisso social. Enquanto setores governistas tornavam patente a descaracterização do dois de julho com um dia de luto e luta ao tentarem maquiar, sob um forte aparato, as ações desastrosas do governo, inúmeras categorias profissionais também aproveitaram a data para protestar contra as péssimas condições de vida e trabalho a que estão submetidos. Para além da ala governista que assistiu Jaques Wagner ser vaiado em diversos trechos do percurso, que vai da Lapinha ao Terreiro de Jesus, o Cortejo de Dois de julho foi marcado por um massivo protesto contra o neocolonialismo do PT na Bahia, demonstrado pela capacidade do governo Wagner de relançar o “velho” sob a aparência do “novo” através do aprofundamento de antigas práticas carlistas, como a criminalização do movimento grevista dos professores do ensino público, a difamação e a precarização do trabalho docente.

Cartazes, bandeiras e faixas, além de palavras de ordem - governo Wagner de terrorismo, cortar salário é coisa do Carlismo - fizeram o contraponto denunciando as medidas implementadas no Estado e que são cópias fiéis ao modo petista de governar o país: desorganizar, reprimir. Um exemplo claro desse tipo de prática foi a instalação da Mesa de Negociação Permanente pelo governador Jaques Wagner que, repetindo o que aconteceu a título federal, dissolveu-a logo em seguida, adotando a tática de dividir para melhor impor sua política de reajuste zero aos servidores do funcionalismo público estadual. Além disso, foi denunciada pelos professores a forma autoritária e truculenta com que o governo vem tratando os trabalhadores da educação, exemplificada por ações como a do dia 9 de maio, quando a polícia foi acionada para impedir a manifestação dos docentes das universidades estaduais. Também foi destacada durante o protesto a utilização da justiça pelo governo, outro instrumento de manutenção da ordem burguesa, para impor ao sindicato dos professores do ensino básico uma multa de R$ 20 mil diários e o recente corte de salário dos professores universitários em greve.

O movimento estudantil combativo da Bahia que não faz coro com o governismo e as burocracias estudantis, seguiu todo o percurso denunciando o descaso de Jaques Wagner com a educação e a forma descabida com que a categoria vem sendo tratada. Afinal, governo insiste em fazer vistas grossas com relação ao desenvolvimento de uma política de assistência estudantil; por isso os estudantes foram rejeitados na composição da mesa que irá tratar de questões relacionadas ao ensino público superior, além de não terem sido convocados para nenhum encaminhamento de pauta junto à Secretaria de Educação ou à Coordenação de Desenvolvimento do Ensino Superior. Como a política educacional de Wagner é apenas uma mostra do projeto de destruição do ensino público superior engendrado pelo governo Lula, os estudantes de Medicina da UFBA também aderiram com força o protesto e de forma irreverente denunciaram o projeto “Universidade Nova”: mais uma cartada do FMI e de Lula de cunho empresarial e que tem como autor o porta voz oficial do presidente e “Rei-Thor” da UFBA, Naomar Monteiro de Almeida Filho.

O dia dois de julho evidenciou que se restavam dúvidas sobre a natureza do governo Wagner, elas parecem ter sido dissipadas em apenas 6 meses por suas ações de caráter pró-imperialista e anti-popular. Nesse momento de reação de diversas entidades nacionais que não apóiam o governo Lula e se posicionam contra as suas reformas, também é necessário e urgente nos organizarmos estadualmente para sermos conseqüentes em nossa luta e sairmos vitoriosos, tendo em vista o alinhamento do governo Wagner ao projeto nacional de desenvolvimento que vem sendo implementado por Lula: o aprofundamento da agenda neoliberal apresentado sob a aparência de um projeto democrático - popular.

Vitória da Conquista, 8 de Julho de 2007.


DCE UESB - Vitória da Conquista/BA
Gestão: DCE EM MOVIMENTO

domingo, 1 de julho de 2007

CANTIGAS PRO 2 DE JULHO


SAMBADINHA DO B.I.

Refrão:

UniNova finge que é a solução
Mas piora o acesso a educação

UniNova pra enganar o povão

Só piora o acesso a educação


Se o que cê quer

É ser dotô

tem que passar

pelo B.I.

(2 X)


Entra através do ENEM:
o Vestibular não acaba não...
Chimba durante 3 anos

E se não "der sorte"
Sai formado em nada, Negão!!

Repete o Refrão



________


" O CANTO DA CIDADE"

Refrão:


Quem banca essa birosca sou eu!

Esse conhecimento é meu!

Se o gringo chega aqui

Querendo conhecer nossa cidade
bonita
Que fique num hotel
E não num prédio da Universidade

Isso não se explica!

UôÔ

Extensão no Pelô
UôÔ
É com o povo, reitor!
UôÔ
Cê vai ter que entender
UôÔ
O que eu vou lhe dizer

Repete o Refrão

2 DE JULHO



Oi gente!!!
Ontem foi o nosso Mutirão do 2 de julho!!!
Passamos o dia no DA com direito a muito trabalho, almoço coletivo, musiquetas e tinta!!!
Então, pintamos a nossa faixa de abre-alas (linda, inda!!!), os estandartes com frases de ordem, procurando deixar bem claro o nosso posicionamento!!! E fizemos também um levantamento do que vamos cantar durante o desfile. Além do que já foi utilizado no Ato, como a música do Parabéns, fizemos também paródias mais elaboradas...hehehehe
Antes de colocar aqui uma das paródias, deixa falar uma coisa:
A CONCENTRAÇÃO SERÁ NA SEUNDA-FERIA (2 DE JULHO!!!) ÀS 8H (IMPRETERIVELMENTE!!!), NA FRENTE DO COLÉGIO SALESIANO, EM NAZARÉ!!!
Não esqueçam de levar muita água, as latas de leite vazia que tiverem em casa, pra gente fazer muito barulho na bateria!!!
Inté lá!!!

Tieta”
Esse papo de UniNova
Virou brincadeira
Nada nova sobre o chão
Querem nos fazer engolir
Uma proposta feita
Sem haver nem discussão

No BI a turma é grande
A educação pequena
Nem se vê o professor
Sem assistência estudantil
Isso não vale a pena
Eu nem sei pra onde eu vou

Se ligue meu irmão,
Não aceitamos a imposição
Qualquer mudança tem que vir do povo
E isso nós não largamos de mão

Existe alguém aqui
Que está disposto a discutir
Que grita para quem quiser ouvir
Quando canta assim:

Eta,
Eta, eta, eta,
Essa UniNova é coisa de
Picareta, eta, eta...


Qualquer coisa, entrem em contato!!!
Fernanda F. F. 88028553
Emerson 88114951
Luamorena 88755206
Marta 99779536
DameD- Primavera nos Dentes

sábado, 23 de junho de 2007

É NÓIS EM VARELA!!!!


Pessoas,


Conseguimos junto à produção do (sêo Varela!!) um espaço na programação desta segunda-feira (25/06) para falarmos sobre a nossa mobilização. Então, pra não perder muito tempo com conversa mole, é o seguinte:

  1. Desde 2006.2 o reitor da UFBa, prof. Naomar Monteiro, vem disputando a opinião pública a favor do UniNova através de veículos de comunicação de circulação nacional - como o Estadão, Folha de São Paulo - e local - A TARDE, programa APROVADO!, etc.
  2. Até então, NENHUMA DAS ORGANIZAÇÕES/ENTIDADES E MOVIMENTOS SOCIAIS CONTRA A PROPOSTA teve espaço na grande mídia para dizer o que pensa;
  3. Nosso ato, na quarta passada, começou a mostrar à UFBA e à sociedade baiana que O UNIVERSIDADE NOVA NÃO É UM CONSENSO, e que a UFBA não tem opinião formada sobre o projeto;
  4. Além disso, trouxe a público a questão do Universidade Livre - de que muita gente nunca tinha ouvido falar na vida antes da nossa manifestação;
  5. O prof. Naomar, para evitar a discussão do UniNova e do UniLivre, adotou a tática da DESQUALIFICAÇÃO DO MOVIMENTO ESTUDANTIL - segundo ele, somos conservadores, não desejamos que a universidade seja modernizada e não temos conhecimento algum sobre o projeto. Vale lembrar que esta foi a mesma postura adotada por ele em 2004 - os estudantes, naquele momento, tinham uma "alucinação coletiva" e desenvolviam uma "teoria da conspiração", uma vez que "não havia nenhuma Reforma Universitária em curso".
  6. Temos um calendário longo de mobilizações AINDA NESTE SEMESTRE - não dá pra esquecer que o CORTEJO DO 2 DE JULHO ESTÁ CHEGANDO!

Por essas e outras temos, TOD@S, que ir ao Programa de Varela - desmentir as "novas" falácias do magnífico, explicar à opinião pública o que está acontecendo e divulgar o nosso cortejo do 2 de julho!

Então, todo mundo na

CONCENTRAÇÃO PRÉ-VARELA!!!

QUANDO: SEGUNDA-FEIRA, 10h (25/06/07)
ONDE: DAMED
PAUTA: O que falaremos na TV, e como falaremos


Como é um programa de televisão NÃO HÁ POSSIBILIDADE DE ATRASOS, beleza? Logo, se ligue na hora e apareça!

Notícias da Paralisação I

A TARDE ON LINE
Ao Vivo


Estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade Federal da Bahia
(Ufba) realizaram ato público nesta quarta-feira, 20, contra dois
projetos da direção da instituição. A manifestação teve a participação
de estudantes de outras unidades. O ato começou no pavilhão de aulas
da faculdade, no Vale do Canela, e foi até a Reitoria, onde os
universitários leram um manifesto redigido em assembléia.

Segundo o vice-coordenador do Diretório Acadêmico de Medicina, Anthony
Worley, o ato é um levante contra os projetos Universidade Nova e
Universidade Livre, em desenvolvimento pela instituição.

O Projeto Universidade Nova propõe uma reestruturação radical da
estrutura curricular de todos os cursos da Ufba. Uma das principais
alterações é a criação do Bacharelado Interdisciplinar, curso em que
os estudantes passariam três anos em um curso generalista em
determinada área. Depois desse período, o estudante optaria pela
especialização nas careiras tradicionais, como Direito, Medicina e
Pedagogia.

O projeto inclui ainda modificações no processo seletivo. "Somos
contra o Universidade Nova de modo geral e a utilização de espaços
acadêmicos para fins não acadêmicos", diz Anthony, em alusão ao
projeto Universidade Livre, que, segundo ele, prevê a utilização do
antigo prédio da Faculdade de Medicina, no Terreiro de Jesus, para a
construção de espaços alternativos como sala de cinema e café.

Notícias da Paralisação II

Correio da Bahia

Alan Rodrigues


Cerca de cem estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade
Federal da Bahia (Ufba) fizeram passeata ontem pelo Canela até a
reitoria da universidade. Eles protestam contra as propostas
defendidas pelo reitor Naomar Almeida, que compõem os projetos
Universidade Nova e Universidade Livre. Segundo os estudantes, a
comunidade acadêmica não foi ouvida.

Eles também acusam a Ufba de utilizar as dependências da faculdade de
medicina, no Terreiro de Jesus, para promover o turismo, sob a
alegação de realizar cursos de extensão. Os estudantes foram recebidos
ao final da reunião do conselho universitário e leram um manifesto aos
participantes do encontro.

A coordenadora do diretório acadêmico do curso de medicina, Lú
Moreira, acusa Naomar de promover a mudança nos currículos dos cursos
sem considerar outras propostas e sem abrir espaço para a discussão. O
reitor Naomar Almeida rebate e afirma que o projeto Universidade Nova
está em discussão há mais de um ano e que os estudantes questionam
temas já superados. "Me espanta muito e me entristece que os jovens
defendam posições conservadoras", diz Naomar.

Sobre a Universidade Livre, que prevê a instalação de uma universidade
indígena em Porto Seguro e das universidades populares e de Verão na
sede do Terreiro, Lú Moreira critica as propostas de implantação de
cursos de culinária típica e capoeira e acusa a Ufba de se aliar a
empresários ligados ao turismo para implantar cinemas, lojas e um
hotel no espaço da faculdade de medicina. Naomar repudia as acusações
e garante que o projeto não interfere no desenvolvimento acadêmico. "O
que propomos é utilizar as instalações da faculdade em horários que
não há atividade, como à noite, em finais de semana, feriados e no
verão, para oferecer cursos de nível universitário a quem não é da
universidade", explica.


Os cursos seriam ministrados em parceria com "grandes mestres
populares" da dança e de capoeira, por exemplo. Na universidade de
Verão, os quatro grandes centros históricos da Bahia – Pelourinho,
Cachoeira, Itaparica e Porto Seguro –, sediariam cursos como
arqueologia subaquática, em Itaparica, e cultura africana, em
Cachoeira. Naomar
nega o plano de instalação de lojas e de um hotel na
faculdade.